segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tempo? Tem mais acabou...

Nossa, há quanto tempo não conseguia uma brecha pra sentar e colocar as caraminholas pra fora, que não fosse simplesmente trabalho.
Aliás, faz um tempo já que ando invocada com as questões do tempo. Que coisa mais fora de hora , não?
Nem tanto.
Ja ouviram falar da Ressonancia Schumann, investindo sobre todos nós? Ainda não? Mas que desinformação, que mal aproveitamento do tempo. Pois bem.
A tal da ressonancia, como nos explicou Leonardo Boff, em artigo publicado originalmente no Jornal do Brasil, em 05/mar/2004, foi nominada em homenagem a um físico alemão. "Winfried Otto Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83Hz (hertz)."

A partir dai Leonardo Boff endossa a seguinte tese, não em muito compartilhada pela comunidade científica, mas que, enfim, determina que:
"Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13Hz por segundo. O coração da Terra disparou."
(...)
"Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann."

Teorias independentes, me debruço sobre a relatividade do tempo. Para mim, um dos efeitos/fatores mais impressonantes. É uma possibilidade (por falta de palavra melhor) que se choca contra nossa percepção humana tridimensional do tecido temporal.
São sensações/percepções que podem ser medidas no cotidiano.
O que dizer da passagem do tempo pra quem ja visitou ou mora no norte/nordeste do Brasil, Amazonas, Maranhão, Pará? A passagem do tempo lá parece ser muito diferente da passagem de tempo aqui do pampa. Lá o tempo é amazônico, definitivamente, parecendo haver mais horas no dia do que realmente há. Ao relógio, contudo, são as mesmas 24 horas. Impossível não?
E mesmo assim, limitada, nossa percepção  nos dá sinais de que o que vemos e contamos pelas horas do dia, não é bem assim. O que efetivamente nos indica que contamos a pasagem do tempo de forma incorreta ou incompleta. Que dizer ainda do fato de que hoje, num mesmo período de tempo, fazermos muito menos coisas do que há cinco anos? Será Schumann batendo à porta?

São muitas as peças pregadas por Cronos aos pobres mortais. Pelo menos ao mortais que renderam escravidão ao objeto, à coisificação da divindade: ao relógio. Cronos não perdoa esta subversão. haja vista a quantidade de gente louca, batendo biela por ai, totalmente fora do compasso.
Mas nem todos estão adorando o ídolo corporificado ao invés do verdadeiro deus.
Mulheres conectadas, por supuesto, com seu ciclo, com a pulsação da vida, são exatamente animais de fases que  atentas para as mudanças de fases da lua nas mudanças de seu próprio corpo e mente estão infalivelmente sincadas com  o tempo.
Outros, que ao viverem e trabalharem mais próximos do mundo natural, conseguem observar o tempo da vida e com ele dançar de forma tranquila, garantindo longevidade e qualidade de vida.
A comprensão do tempo que passa, do tempo que se gasta, mas não se aproveita, faz com que a finitude da vida torne uma irresponsabilidade que lidemos de forma tão leviana com esta premissa.
Vivendo e não vivendo, já que não nos sobra tempo, fazemos de nós inigualáveis zumbis, desmortos num tempo que não compreendemos, prestes a sermos devorados pelo Senhor do Tempo.
Certos estavam os Maias : tempo não é, nunca foi e nunca será dinheiro - tempo, tempo é arte!