quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Descoberta do Jardim

sempre tive meus vasinhos. desde criança. tive uma vez, uma coleção de avencas, em delicados e cuidados vasos. minha preciosa era uma vermelha com caule escuro, parecia uma mini arvore japonesa, copiada de um mangá ou saída de um kurosawa. toda a coleção, cerca de 11 ou 12 vasinhos, sofreu perdas irremediáveis proporcionadas por um louco cachorro com dor de barriga.
muito tempo passou desde as avencas. meu jardim atual, urbano e de apartamento, começou como sempre começam meus jardins: um acumulado de vasos, indivíduos de varias espécies, pedras e por ai vai. uma composteira e algumas sementes. várias doações. pois não é que assim, de brincadeira em brincadeira, de vaso em vaso, acabei por ter um jardim. e produtivo ! com colheita!

 primeiro de capochinhas, lindas flores comestíveis, fáceis de cultivar. se come a folha, a flor e a semente e são ótimas em saladas.
em seguida vieram hordas de ruculas, que semeadas sem critério por vários vasos, nasceram livres em quase todos os cantos do jardim.
agora já estou na segunda fase da colheita: tomates, de variados tamanhos e formas, nascidos de sementes dos tomates da feira da coolméia, garimpadas por uns anos. os primeiros pezinhos nasceram na calha. a calha é uma experiencia meio mítica, pelo menos pra mim, já que é pegar uma coisa que existe para um fim, dar um destino absurdamente inverso e ainda gerar vida que se come! beeeem, então a calha já estava no apartamento quando me mudei, já com as laterais fechadas e tudo. santa providencia!
a partir dai foi moleza: terra + sementes = rúculas + tomates. me apaixonei. instantânea e irremediavelmente pelo meu jardim urbano experimental. a meta é continuar plantando, se possível usando as próprias sementes misturadas com novas e ir beliscando, observando e aprendendo. e escrevendo sobre a descoberta, fazer um registro dessa atividade, seja para mim mesma, seja para alguém ai fora que se sinta estimulado pela experiencia.

os tomates estão vindo sem condução ou amarração até um bom tamanho e tem mais de uma variedade de tomate no mesmo espaço (na realidade não tenho bem certeza de quais variedades eu tenho. espero que tenha guardado do tomate pera, uma delicia amarela e pequena, em formato de pera, que nem sei se chama assim mesmo). não precisa nem dizer que são saborosos e as crianças se amarram em tirá-los do pé e comer direto. o primeiro grandão colhido virou uma caprese  divina.
as flores brancas da foto são flores das rúculas. enquanto tem flor deixo para as abelhas nativas. quando seca, corto pra tirar as sementes.



A tal da calha




Um comentário:

  1. Confesso que não sou do tipo que anda muito por aí, fuxicando blogs alheios, mas de vez em quando rola. E justamente hoje, quando vim dar um pulinho por aqui, calha de você postar depois de tanto tempo! Coincidência?

    Sendo ou não, o importante é o tomate: que beleza!!! Deu vontade de comer; devem estar muito saborosos... Aqui em casa, semana retrasada, eu e Marcya dividimos um moranguinho filho-único que cultivamos num vasinho; era pequenininho, mas o simbolismo foi enorme!

    Beijão do Maltrapa!

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